Powered By Blogger

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Pinta


Pintar o corpo
Pintar o sete
Pintar a vida
Pinta na tinta
Pintanainha...

Pintar a testa
Pintar a pinta
Pintar o apito
Soltar o grito
Dos caras pintadas.

Pintar tin-tin por tin-tin
Pintar assim
Pintar o mundo
Pintar a plebe
Pintar o rude
Pintar o índio.

Pintar os caras de pau
Com tinta branca
E não carnaval.
Limpar a tinta da pinta da corrupção.
Tirar a mancha desta população.

Pinta Mãinha
Me pinta
E nina
Pois quero sonhar!
Com verde-amarelo-azul e branco...
...Não aos troncos e barrancos.
...Não à força!
...Não a fossa!
Pois merda não é tinta
E dedo não é pincel.
Queremos um quadro mais justo
Não o “injustus” no papel.

Pinta Mãe minha
Me ensina a pintar
Cores de alegria
Cores de alforria
Pra esta gente de cá.

Pinta Mãinha
No Torrão Brasil
Cores de anil
E não de aniquilar.

Pinta Mãe minha
Em mãos tão sominhas
O desejo intenso de acariciar.

Pinta Mãe minha
Em mãos tão fominhas
O desejo sincero de compartilhar.

Cor a cor
No Torrão Brasil
Mais e mais amor!

Pinta Mãinha
Mão a mão
Mais amor e fé
Menos circo e pão!

Pinta Mãinha
Pinta sim
Muito mais compaixão.

Pinta Mãinha
Mão a mão
Exclui com tinta Mãinha
Toda vil exclusão.

Pinta Mãinha
Em cada massa cinzenta
Amor e inteligência
Só para construção.

Pinta Mãinha
Mãe a mãe
Pai a pai
Irmão a irmão:
Maternidade,
Paternidade,
Fraternidade...
...Para acabar com tanto caixão.

Pinta Mãinha
Amor sim, sim, sim!
Violência não, não, não!

Pinta Mãinha
Um mundo multicolorido
Muito menos dolorido
Como um florido jardim
Pra eu-tu-ele-nós-vós-eles
Um mundo mais belo...
...Assim seja!
  Assim, assim!






Um comentário: