Minhalma passou em
Brejaubinha,
Minhalma de Deus,
Não tão minha.
Parte de mim ficou lá,
Não quis sair,
Insistiu em ficar.
Em fincar raízes
Em meio àquele povo de lá.
Povo carinhoso,
Povo amoroso,
Povo que sabe amar.
Povo que trabalha de sol a
sol.
Povo esquecido,
Povo moído,
Pela injustiça social.
Gente maltratada
Em meio ao cafezal.
Gente que sonha
Com dias melhores,
Enquanto lhe infligem
Dias piores.
Gente da melhor espécie
Em meio à gente da espécie
pior.
Gente da melhor espécie
Procurando desatar os nós.
Gente que esboça um
sorriso,
Um sorriso sofrido,
Um sorriso doído,
Que dá tanto dó.
Gente na plantação do café,
Gente em meio à colheita,
Gente que às vezes dorme,
Quando se deita.
Gente que não se deixa
iludir,
Gente que sabe que tudo
isto aqui
Está totalmente errado,
Até que Deus dê um jeito
E lhes tire do subjugado.
Gente na lavoura do café;
Homens nobres,
Mulheres de honra.
Gente com dignidade,
Povo que está de pé.
Gente de fibra e coragem.
Gente que não arreda o pé.
Gente que ama esta terra.
Gente que ama este chão.
Gente que chora e que
geme,
A espera de compaixão.
Gente que tem como
princípio fundamental;
O valor social do
trabalho.
Gente que vai plantando a
semente...
...E que sabe,
Que em cada semente que
cai,
Parte de sua vida ali vai:
Plantada, fincada,
arraigada;
Nas sombras dos cafezais.
Gente que espera...!
Que aprendeu pacientemente
esperar:
A construção;
De uma sociedade livre,
justa e solidária.
A erradicação;
Da pobreza e de toda
malvadeza.
A redução;
Das desigualdades sociais
e regionais.
A promoção;
Do bem de todos,
Sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade,
Ou qualquer outra forma
de:
Discriminação!
Gente que sonha e que
espera
Por um Brasil bem melhor.
Gente que vive,
Mas não tolera
Amigo, vou deixar um comentário em particular sobre essa poesias, veja lá.
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