Num belo dia,
A música
encontrou a poesia
E neste dia
houve uma grande explosão
De gozo e
alegria
Fluindo por
uma grande extensão.
A música
sorriu... belíssimo sorriso!
A poesia
sorriu e se abriu,
Como botão em
flor...
E ambos
pensaram...
Será isto amor!?
Provém de
Deus, do Criador!?
E ambos se
embalaram em sonhos
E começaram
docemente a construir,
Belamente a
se unir.
Começaram a
se doar ao universo,
Agora unindo
seus versos e versões,
Como um
coração só, a palpitar.
Como uma
oração só, feita no altar.
Estranho
encontro, mas no ponto!
No momento
certo!
No tempo de
Deus!
A música
encontrou a poesia
E melhor
ainda... Foi algo real
Não fantasia.
A música
então inspirada fez poesia.
A poesia
também inspirada fez música,
E ecoaram
juntas no ar.
Se
entrelaçaram em dança,
Felizes como
criança
Começaram a
se amar...
Amar
timidamente...
Amar com
cuidado,
Amor obra de
arte
A ser
preservado.
Começaram a
se amar...
Analisando
por meio de olhares
As
possibilidades, as afinidades,
Suas
compatibilidades ou interferências
O ritmo e a
harmonia presente em cada um
As
similaridades e sonoridades que os compõem.
A música se
alegrava, ainda que surpresa.
A poesia
investigava toda sua beleza
A origem e a
veracidade da mesma.
A música
cantava
Enquanto a
poesia escrevia
Uma
completava a outra
E havia
paz...
Doce
sintonia.
A música
encontrou a poesia
E houve
grande magnetismo
Forte
atração.
Pautas se
misturando aos versos
Clave de sol
em meio às letras
Dó-ré-mi-fá-sol-lá-si-dó.
Tudo misturado
Uma coisa só
Uma beleza
só.
A poesia
envolvia a música
E esta nela
se envolvia.
...E cada
canto
Era encanto
Aos ouvidos da poesia!
E ambos
viviam esplendidamente
Este amor
Que a eles
concedia
A superação
de toda dor.
A música
encontrou a poesia
E se fundiram
numa só
Trazendo amor
e alegria
Para todos ao
redor.
A música
encontrou a poesia
Entrelaçaram
suas vidas
E agora
olhando no espelho
Já não se
reconheciam
Por serem tão
parecidas.
A música vive
a cantar
A poesia vive
a sorrir
E eu vivo
grande alegria
Por compor
tudo isto aqui.