Powered By Blogger

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

                Sopro do Senhor



Meu rubro pulsador
Pulsa mais forte neste instante
Sou menino...
Sou adulto...
Sou pensante!

Partes de mim se recompõem...
Se impõem!
Sou menino...
Sou poeta...
Sou poesia!
Sou gozo na alma...
Sou alegria!

Sou menino!
Outrora embrião...
Envolvido no líquido amniótico de Deus...
Líquido amor...
Puro amor do Senhor!

Sou poeta...
Poeta de Deus!
Deus altíssimo!
Deus pertíssimo!
Superlativo absoluto Senhor.

Sou poeta,
Projetando o futuro
Projetando realidades

Sou poeta-profeta
Ouvindo do Senhor...
                   Amando...
                  Servindo...
                  Sentindo...
      ...Fogo abrasador!
  
Sou pró-fé
Sou pró-amor
Sou pó vivo
Fruto...
Do sopro do Senhor!





Bio – Geometria


Creio no redondo
Não creio no quadrado,
Pois seus pontos pontiagudos
Ferem, dilaceram, destroem.
Creio no redondo
Girando, avançando,construindo.
Creio no redondo
Gerando, crescendo, existindo.
Creio no redondo sol
... No girassol,
Na célula, no átomo, no planeta.
Creio nas ondas sonoras,
No girar das horas
Conduzindo-nos ao futuro.
Creio no redondo presente no esporte
Livrando muitas vezes vidas...
... Do vício
... Das drogas
... Da morte!
Creio no redondo da fruta
Alimentando-nos,
Nutrindo-nos,
Para vencermos a luta.
Creio!
No Todo Poderoso Deus
Que nos surpreende a cada instante,
Com gotículas-gigantes do seu
Redondo amor!


Bio-Jornada


Eu...!
Eu era assim, combatente
                     anelante
                     participante.
Até que em um fatídico dia
Descobri que o homem só é coerente com a incoerência
E em seu íntimo existem granadas armadas
Prontas para explodir.
Não aquelas granadas que ferem com estilhaços de metais,
Mas granadas mais possantes, de forças sobrenaturais...
... Mortais!
Assim era eu, constante a jubilar
                                       crédulo-cromático
Embrionário a sonhar.
Mas ao dar os primeiros passos do caminho
Tropecei em pedras,
Fui ferido em espinhos
Pedras de carne e osso e “razão”
Espinhos pontiagudos, ferinos, cheios de “emoção”.
Neste ínterim onde assim eu era
                                          Nesta esfera
                                          Bola mundo
                    Deparei-me com o iracundo.
Combatente a jubilar, encontrei o insatisfeito a murmurar...
                                                            ... este sem lutar!
                                                            ... nada salutar!
Crédulo-cromático, aromático e prático
Encontrei o burocrático a burocratizar!
Participante anelante, eis que encontro o sanguessugar.

Neste caminhar, nestas idas e vindas
Nestes encontros e desencontros
Surgem os anseios e os receios...
... Ou seriam os freios!?
... Ou seriam os feios?!
Não importa.
Nesses encontros-desencontros
O que verdadeiramente importa
É que nesta bola torta
De tolos e hipócritas
O importante é...
CONTINUAR!



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

30 DE JANEIRO - DIA DA SAUDADE


Saudade é uma estranha mistura de 

tristeza e alegria, 

doce e amargo, 

frio e calor. 

É como um rio que corre devagar rumo à foz, 

mas com olhos voltados para a nascente 

e para cada parte da margem que vai ficando para trás.




quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Futuros


                                                          
Futuros!?
São furos
Furos no espaço
Furos no tempo
São passagens
Não miragens
Futuros!?
Lugar de colheita
Lugar de se colher
O que se plantou
Lugar de frutos
Não relativos
Absolutos!
De realizações.
Futuro
Nova dimensão
Novos horizontes
Lugar de surpresas
Depósito de esperanças.
De dinâmicas mudanças.


Pinta


Pintar o corpo
Pintar o sete
Pintar a vida
Pinta na tinta
Pintanainha...

Pintar a testa
Pintar a pinta
Pintar o apito
Soltar o grito
Dos caras pintadas.

Pintar tin-tin por tin-tin
Pintar assim
Pintar o mundo
Pintar a plebe
Pintar o rude
Pintar o índio.

Pintar os caras de pau
Com tinta branca
E não carnaval.
Limpar a tinta da pinta da corrupção.
Tirar a mancha desta população.

Pinta Mãinha
Me pinta
E nina
Pois quero sonhar!
Com verde-amarelo-azul e branco...
...Não aos troncos e barrancos.
...Não à força!
...Não a fossa!
Pois merda não é tinta
E dedo não é pincel.
Queremos um quadro mais justo
Não o “injustus” no papel.

Pinta Mãe minha
Me ensina a pintar
Cores de alegria
Cores de alforria
Pra esta gente de cá.

Pinta Mãinha
No Torrão Brasil
Cores de anil
E não de aniquilar.

Pinta Mãe minha
Em mãos tão sominhas
O desejo intenso de acariciar.

Pinta Mãe minha
Em mãos tão fominhas
O desejo sincero de compartilhar.

Cor a cor
No Torrão Brasil
Mais e mais amor!

Pinta Mãinha
Mão a mão
Mais amor e fé
Menos circo e pão!

Pinta Mãinha
Pinta sim
Muito mais compaixão.

Pinta Mãinha
Mão a mão
Exclui com tinta Mãinha
Toda vil exclusão.

Pinta Mãinha
Em cada massa cinzenta
Amor e inteligência
Só para construção.

Pinta Mãinha
Mãe a mãe
Pai a pai
Irmão a irmão:
Maternidade,
Paternidade,
Fraternidade...
...Para acabar com tanto caixão.

Pinta Mãinha
Amor sim, sim, sim!
Violência não, não, não!

Pinta Mãinha
Um mundo multicolorido
Muito menos dolorido
Como um florido jardim
Pra eu-tu-ele-nós-vós-eles
Um mundo mais belo...
...Assim seja!
  Assim, assim!






Amor Platônico


Eu estava A

Ela estava A

Tão cheia de B

Sem C e sem piedade

Precisava se arrepender

Voltar atrás

Dar marcha D

E E incluir

Em suas F-çanhas

Eu estava A

                            Tão fora de E

Pensando só naquela mulher

Pensando no que fazer

Em meio ao G

Estava A

Deitado no GF

Meio irritado

Meio agreste

Como cidadão do G

Como bom cabra da peste

E ela tão cheia de B

Não conseguia me ver

E E fazia esperar

E E dava um gelo

E um jiló

E meu nó na garganta apertava

Enquanto esperava FF

E FF não vinha

E eu E debruçava

Na escrivaninha

Para escrever e sonhar!

A=Lá
B=Si
C=Dó
D=ré
E=Mi
F=Fá
G=Sol



Encontro Cultural


Num belo dia,
A música encontrou a poesia
E neste dia houve uma grande explosão
De gozo e alegria 
Fluindo por uma grande extensão.
A música sorriu... belíssimo sorriso!
A poesia sorriu e se abriu,
Como botão em flor...
E ambos pensaram...
Será isto amor!?
Provém de Deus, do Criador!?
E ambos se embalaram em sonhos
E começaram docemente a construir,
Belamente a se unir.
Começaram a se doar ao universo,
Agora unindo seus versos e versões,
Como um coração só, a palpitar.
Como uma oração só, feita no altar.
Estranho encontro, mas no ponto!
No momento certo!
No tempo de Deus!
A música encontrou a poesia
E melhor ainda... Foi algo real
                            Não fantasia.
A música então inspirada fez poesia.
A poesia também inspirada fez música,
E ecoaram juntas no ar.
Se entrelaçaram em dança,
Felizes como criança
Começaram a se amar...
Amar timidamente...
Amar com cuidado,
Amor obra de arte
A ser preservado.
Começaram a se amar...
Analisando por meio de olhares
As possibilidades, as afinidades,
Suas compatibilidades ou interferências
O ritmo e a harmonia presente em cada um
As similaridades e sonoridades que os compõem.
A música se alegrava, ainda que surpresa.
A poesia investigava toda sua beleza
A origem e a veracidade da mesma.
A música cantava
Enquanto a poesia escrevia
Uma completava a outra
E havia paz...
Doce sintonia.
A música encontrou a poesia
E houve grande magnetismo
Forte atração.
Pautas se misturando aos versos
Clave de sol em meio às letras
Dó-ré-mi-fá-sol-lá-si-dó.
Tudo misturado
Uma coisa só
Uma beleza só.
A poesia envolvia a música
E esta nela se envolvia.
...E cada canto
   Era encanto
   Aos ouvidos da poesia!
E ambos viviam esplendidamente
Este amor
Que a eles concedia
A superação de toda dor.
A música encontrou a poesia
E se fundiram numa só
Trazendo amor e alegria
Para todos ao redor.
A música encontrou a poesia
Entrelaçaram suas vidas
E agora olhando no espelho
Já não se reconheciam     
Por serem tão parecidas.
A música vive a cantar
A poesia vive a sorrir
E eu vivo grande alegria
Por compor tudo isto aqui.




Pena Pequena


A pequena pequena
Será que vale a pena?!
Apenas, apenas
Pensar e sonhar.

Será que vale a pena?!
Pulsar e amar
Por impulso apenas
A pequena pequena
Que tão longe está?

Que pena, que pena!
Não poder te encontrar
Que pena, que pena
Não poder te abraçar!

Que pena, que pena!
Não poder se encantar
Com teus cantos encantos
Que me fazem sonhar!

 Que pena, que pena!
 Óh tão doce pequena
 Que na minha arena
 Tu não podes lutar!

Tão sensível pequena
Tão salutar
Tão extrema
Tão distante apenas
 Insistes tu em ficar.

Queria eu tão somente
                        Mormente fincar
                        Tuas raízes em mim
                        Pra nunca mais me deixar.
Pra nunca mais me queixar
Desta distância tão grande
Que persiste em nos separar.

Que pena, que pena!
Não ver-te pequena
Feliz tão serena
Neste lado de cá!

Que pena!
Pequena.
Que pena meu penar!

Querer-te apenas
Já me faz vislumbrar
Mil loucuras de amor
E ternura sem par.

Que pena!
Pequena.
Não poder te encontrar.
Não poder te sentir.
Não poder te amar.

Que pena!
Pequena...

...Mas mesmo assim vale a pena
Esta pena pequena
Pena de te esperar!