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domingo, 26 de janeiro de 2014

O Balé dos Pingos da Chuva



Verticalmente in loco
Caem os pingos da chuva.
Horizontalmente in foco
Perscruta o meu coração.
Avalia, investiga, por entre a precipitação.
Os pingos dançam ritmado balé.
Movimentam-se em círculos.
Sobem e descem compassadamente.
Tocam no chão.
Sensibilizam minha visão.
Por que será, o que se é?!
Fico em silêncio...
Observo os pingos da chuva,
Servos da terra,
A serviço da vida.
Longa viagem fazem os pingos,
Bailam no ar até aqui chegar.
Pingos da chuva,
Pingos de água,
Pingam na terra,
Pingam em nós.
Respingam em tudo.
Espaçosamente se doam,
Se entregam.
Penetram em nosso mundo,
Dançando, caindo, voando, bailando, construindo!
Ritmado balé.
Por que será, o que se é?!
Pingos da chuva, partes!
Respingam na vida... arte!
Pingos da chuva – beleza natural
Caem em tudo
Terra-telhado-quintal.
Terra-mar e ar
Terra-homem-floresta
Em tudo que há.


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