Mundo,
mundo, vasto mundo!
Eu
não me chamo Raimundo
Mais
vasto é o meu coração!
Mundo,
imundo, vasto mundo!
Mais
limpo é o meu coração!
Para
abrigar tanta gente,
Bela
de mente,
Bela
semente.
Gente
da gente,
Feita
de pura emoção!
Gente
que semeia paz.
Gente
que diz e que faz.
Gente
que busca a justiça.
Gente
de fibra e de garra.
Gente
tenaz e maciça.
Gente
que faz e que luta,
Gente
que grita e labuta!
Debaixo
de chuva,
Debaixo
de sol,
De
arrebol a arrebol.
Gente
que não arreda o pé.
Gente
cheia de luz.
Gente
cheia de fé,
Fecundando
a vida,
Transformando
este mundo pior.
Derramando
suor e sangue
Na
busca de um mundo melhor!
Gente
com cor e coragem
Que
em meio à fria paisagem
De
homens violentos,
Seres
sem sentimentos
Não
desbota, não descolore.
Não
recua,
Não
retrocede!
E
mesmo a dura luta
Não
consegue lhes tirar
Tanto
amor, tanta candura
Tanta
beleza no caminhar.
Mundo
imundo, injusto mundo!
Por
que repeles o justo?
E
aceitas o iracundo!
Por
que rejeitas o Salvador?
E
abraça aquele que inflige dor!
Por
que exclui os pacificadores?
E
inclui os perturbadores!
Por
que preferes as balas,
As
senzalas,
Ao
invés das flores!?
Por
que maltrata os professores
E
exaltas os opressores?
Por
que enches as celas?
E
esvazia as salas!
Por
que tanto apreço aos canhões?
E
tanto desprezo às canções!
Por
que tanto ódio, tanto rancor?
Por
que não exploras as jazidas de amor?
Ao
invés de explorar seu próximo, seu cooperador.
Mundo
imundo, injusto mundo!
Por
que tanto vazio de alma?
Se
existe em Deus um manancial tão profundo!
Por
que tanta correria
Pra
se chegar a lugar algum!?
Por
que tanta bravata, tanta gravata, tanta maldição?!
Se
o fim de todos será com gravetos nos peitos
Abaixo
de sete palmos de chão.
Mundo
imundo, injusto mundo!
Mais
injusta é a tua ambição!
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