Óh linda!
Como tu eras mais linda
Debruçada
Sobre este mar verde esmeralda
Onde me esmero pra te poemar
Pondo-te no âmago do meu coração
Somente pra te vislumbrar e amar.
Óh linda!
És linda no verão
E no inverno és bela!
Em qualquer estação
Tua beleza se revela.
Óh linda!
Algo a mais viu em ti o fidalgo
Então nascestes neste instante
Harmoniosamente concebida
Por divina inspiração rutilante
Por uma exclamação
Vinda graciosamente
De um sensível coração
Brotaste luzente
E fizeste por muitos anos
A alegria de nossa gente
Em plácidos quotidianos
Marcados em cada mente
Óh linda!
Até os índios tupis
Foram seduzidos por ti
Portugueses e holandeses
Te cortejaram
Pela beleza e vigor de tua juventude
Se enamoraram
Óh linda!
Em 10 de novembro de 1710
Um sargento-mor prostrado aos teus pés
Entoou seu cântico-grito solenemente
Primeiro brado de independência nacional
Intrépida semente!
Motivada por tua beleza magistral
Oriunda de um cidadão teu
De fibra sem igual
Óh linda!
De venustidade natural infinda
Teu belo e velho mar ainda
Guardião de segredos nos brinda
Com singelas canções de amor
Óh linda!
Traz em teu bojo tesouros
Pérolas de além-mar
Tua orla ornamentada de esmeralda
Lenitivo pra o meu olhar
Óh linda!
Tua riqueza cultural é um arsenal de paz
Acenando com gestos de amor
E cada gesto nos refaz
Transformando-nos em pensador
E toda criatura belaz
É metamorfoseada pela força de teu clamor.
Óh linda!
Gastronomicamente
E astronomicamente
Nutrindo-se de tapioca
Não cometa
Olinda
A estupidez do exagero
a-Liais
como tudo na vida
Cometa e alimento são passageiros
Óh linda!
Lindinha
Cosmopolitinha
De todos, pra todas e todos
Também minha.
Óh linda!
Abraço-te com carinho
Beijo-te com ternura
Preservo-te indelevelmente
Sinto-te com saudade
Lembro-me eternamente
Inspiro-me em ti docemente
Para viver e sonhar
Óh linda! Olá!