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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

OLINDA



Óh linda!
Como tu eras mais linda
Debruçada
Sobre este mar verde esmeralda
Onde me esmero pra te poemar
Pondo-te no âmago do meu coração
Somente pra te vislumbrar e amar.


Óh linda!
És linda no verão
E no inverno és bela!
Em qualquer estação
Tua beleza se revela.


Óh linda!
Algo a mais viu em ti o fidalgo
Então nascestes neste instante
Harmoniosamente concebida
Por divina inspiração rutilante


Por uma exclamação
Vinda graciosamente
De um sensível coração
Brotaste luzente


E fizeste por muitos anos
A alegria de nossa gente
Em plácidos quotidianos
Marcados em cada mente


Óh linda!
Até os índios tupis
Foram seduzidos por ti
Portugueses e holandeses
Te cortejaram
Pela beleza e vigor de tua juventude
Se enamoraram


Óh linda!
Em 10 de novembro de 1710
Um sargento-mor prostrado aos teus pés
Entoou seu cântico-grito solenemente
Primeiro brado de independência nacional
Intrépida semente!
Motivada por tua beleza magistral
Oriunda de um cidadão teu
De fibra sem igual


Óh linda!
De venustidade natural infinda
Teu belo e velho mar ainda
Guardião de segredos nos brinda
Com singelas canções de amor


Óh linda!
Traz em teu bojo tesouros
Pérolas de além-mar
Tua orla ornamentada de esmeralda
Lenitivo pra o meu olhar


Óh linda!
Tua riqueza cultural é um arsenal de paz
Acenando com gestos de amor
E cada gesto nos refaz
Transformando-nos em pensador
E toda criatura belaz
É metamorfoseada pela força de teu clamor.


Óh linda!
Gastronomicamente
E astronomicamente
Nutrindo-se de tapioca
Não cometa Olinda
A estupidez do exagero
a-Liais como tudo na vida
Cometa e alimento são passageiros


Óh linda!
Lindinha
Cosmopolitinha
De todos, pra todas e todos
Também minha.


Óh linda!
Abraço-te com carinho
Beijo-te com ternura
Preservo-te indelevelmente
Sinto-te com saudade
Lembro-me eternamente
Inspiro-me em ti docemente
Para viver e sonhar
Óh linda! Olá!







segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

"A vida, tecelã antenada, 
que tece também 
com fios de sorriso, 
continua a tecer belezas 
pra quem não fecha o coração 
para as surpresas".


(Ana Jácomo)




sábado, 22 de fevereiro de 2014

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Rosamarinus



Rosamarinus
Orvalho do mar
Plantaflor
Exalando odor
Com cheiro de amor
Que Suavemente
Jornadeia
Em minhas narinas respirantes
E me desperta
Pra sonhar com outros mares
Nunca navegados dantes.


Rosamarinus
Orvalho do mar
Com ternura e calma
Vem me inspirar
Enquanto aspiro e inspiro
Teu fragrante olor
Na tentativa plena
De me embriagar
Com tão sublime amor!


Rosamarinus
Orvalho do mar
Cultivar-te-ei no chão
De meu coração
Junto às esperanças
Há muito ali plantadas.


Rosamarinus
De flor tão azul
Com tão nobre tanino
Quisera ser como tu
 E já nascer ungido
Com óleo essencial
Em meio a um jardim florido
No cosmos celestial.


Rosamarinus
Sua cânfora translúcida
Bailando no ar como incenso   
Excita meu olfato
Deixando-me propenso
A sonhos diáfanos
Que se perpetuam intensos.


Rosamarinus
Albus
Aureus
Roseus
Perpretando atração aromática
Por meio das mais ricas flores
Atraindo as pequeninas abelhas
Para o mais sublime dos labores.


Rosamarinus
Albus
Aureus
Roseus
Flores produzindo
Néctar dos céus.


Rosamarinus
Orvalho do mar
Numa mágica gastronomia
Abelhas melíferas em ti vêm se deliciar
Depois nos enchem de alegria
Ofertando generosamente
O dulcíssimo maná.


Rosamarinus
Orvalho do mar
Salem de flores azul-pálido
Nutrindo nossos olhos esquálidos
Com seu fulgor e primor
Ornamentando verticalmente
 Verdejantemente
Todo o ambiente
Excluindo todo langor.


Rosamarinus officinalis
Cumprindo sua curativa lex
Confere ao Homo sapiens dínamo
Fortalecendo também seu córtex.


Rosamarinus
Orvalho do mar
Mediterraneamente
Medito em ti sem parar
E assertivamente
Há motivos sem-par.








quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Graça



O Travador

Conhece o Salvador 

Que é Galardoador 

De TODO AMOR 

E sendo assim 

Sabe o Travador 

Que o Galardoador 

Tem presentes pra ti e pra mim 

E que tirará toda trava e dor 

Que possa impedir 

Todo pecador 

De se achegar em amor 

Junto ao Criador! 

Deus de pleno AMOR! 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Tocando



Quem toca violão

Mexe com a mão

Nosso coração.

Quem toca violão

Mexe nosso coração.

Trabalha a alegria,

Nos conduz, nos guia

A fantasia,

A ilusão!

Trabalha nossa emoção.

Embeleza nosso dia.

Quem toca violão,

Compõe canção,

Compõe poesia.

Nos contagia,

Traz nostalgia,

Nos alivia.

Quem toca violão,

Nos toca por dentro

Com tão belo talento.

Nos guia, nos conduz

A belos momentos,

Plenos de sentimentos.


  
Quem toca violão

Nunca está sozinho.

Vive com carinho

Tão sublime caminho

Presente do Criador.

Quem toca violão,

Toca-nos com amor

Alivia a dor

Traz doce sabor

Produz vida com frescor!

Quem toca violão

É sensível

Imprevisível

Poeta imperecível

De um mundo invisível

De um mundo melhor!

Quem toca violão

Sabe acolher

Sabe envolver

Sabe viver, sorrir e sofrer.

Quem toca violão

Fere as cordas com os dedos

Enquanto nos cura em segredo

Deixando-nos em puro folguedo

Plenos de satisfação!


  
Quem toca violão

Produz música macia

E docemente acaricia

Com ternura e calma

Nossa pobre alma.

Quem toca violão

Bem lá dentro sabe

Que amar é preciso

E que isto...

Fará muita diferença

Diante do Cristo

No dia do Juízo.

Quem toca violão

O faz com paixão

E tem compaixão

Da multidão!

Quem toca violão

Também toca viola

Não se atrapalha, não se embola

Com tanta corrupção.

Quem toca violão

Tem o magnífico dom

De nos tirar do chão

De nos elevar

Com tão sublime som

Levando-nos a especial lugar

Onde tudo é

Maravilhoso e bom!







Mão, Boca e Coração


A boca deseja falar, comunicar.
Minhas mãos insistem em negar
Ciumentas são as minhas mãos.
Começam a tremer, a reclamar,
Da boca que está a falar.
E assim não permitem não.
Pois acham que só elas são
Capazes de comunicar.
Se a boca fala,
Elas não se calam,
E entram em frenesi, em agitação.
E eu me incomodo com isto,
E chego a pensar:
Assim não dá!
E chego a ordenar
Aquieta-te ó mão!
Porém minha luta é em vão,
Uma vez que a mão,
Só quer o primeiro lugar.
Insiste em se destacar,
Comunicando por meio do escrever.
E eu me encontro em fogo cruzado,
Inteiramente a mercê,
Desta tão forte mão
Que só quer prevalecer.
A boca deseja falar, comunicar,
Porém a mão não quer deixar.
Acha que esta função é só dela.
E eu fico acabrunhado,
Perdido nesta esparrela!
A boca deseja falar, comunicar,
Conquistar seu espaço,
Seu pedaço,
Seu quinhão.
Mas há uma pedra no caminho
E esta pedra chama-se:
Minha mão!
A mão esquerda e a mão direita
São cúmplices nesta negação
E muitas vezes me deixam
Desconcertado
Em meio à multidão.
Não dão espaço pra boca,
Não permitem que minha voz rouca
Expresse erudição.
Quando a boca começa a falar,
As mãos prontamente
Começam a se rebelar.
E o desespero toma conta de mim,
Numa luta mais que acirrada
E que parece não mais ter fim.
Estas mãos precisam entender,
Que elas são preciosas e têm seu lugar.
Porém também preciosa é a boca
E ela precisa falar,
Precisa comunicar,
O que as mãos não podem dizer.
Precisa se expressar
Com muita alegria e prazer.
Precisa de liberdade
E felicidade obter.
Bem como aos outros,
Felicidade trazer.
Aquieta-te ó mão
E deixa a palavra fluir.
Deixa a boca comunicar.
Deixa meus lábios sorrir.
Compartilha com esta boca,
Um pouco do dom que há em ti.
Não sejas como uma louca,
Permita que também a boca
Sabiamente possa construir.
Permita que esta boca
Entoe doce canção.
Permita ao coração compartilhar,
Com a boca
Toda emoção.
Permita me alegrar
Com tão bela construção.
Permita-me viver e sonhar
Com tão bela comunhão,
Poder vislumbrar um dia,
Tão perfeita harmonia
Entre mão,
Boca e coração!